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Para uma avenca partindo...

" (...) você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço.

(...) Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?

(...) Fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente em nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse. Acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas. (...)"

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Votos de Ano Novo


Ela abre o e-mail e confere uma mensagem muito carinhosa de sua ex-chefe.
Sem fazer jus a qualquer estereótipo de chefe mala, esta era uma fofura de pessoa.
Sempre atenciosa e disposta, conversava muito com Ela, inclusive sobre os assuntos pessoais, e acabaram desenvolvendo muito carinho uma pela outra.

A mensagem da chefe terminava assim:

“Beijo enorme!!! Boa sorte e um 2011 maravilhoso pra você!
Além do novo trabalho, que venha um novo amor tbm!!!”


O sorriso que Ela estava mantendo enquanto lia a mensagem se desarmou exatamente ali.
“que venha um novo amor tbm!!!” Porque? Porque Ela iria querer um novo amor se está inteiramente recheada, coberta, soterrada de seu “amor de sempre”? Ainda que ele não seja mais correspondido, ainda que nunca volte a ser, ainda que sua única companhia para o resto da vida seja esse seu “amor de sempre”, ele é dela, nasceu dentro dela, foi cultivado, mimado e tratado por Ela sempre. E sempre vai estar aqui. Sempre vai ser dele, mesmo que Ele não queira.
Sempre serão de Ele os beijos apaixonados de Ela, sempre permanecerão ali arrumadinhos, envolvidos em papéis de seda como em uma caixa de presentes, os abraços, os carinhos, as mãos dadas, a companhia, os sorrisos! Tantas coisas que são só dele.

Pensando em todas estas coisas, uma por uma, numa lista interminável de tudo que Ela quer dar a Ele e que um novo amor traria, Ela tem a certeza de que, em 2011, ela quer sim um novo amor: o “amor de sempre” de novo e de novo....
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Independente de onde esteja

"O Ministério da Saúde adverte: shoppings lotados desestabilizam sua saúde
emocional e podem causar surtos de pensamentos sombrios e lágrimas abusadas."


Sabe quando a falta que uma pessoa te faz é tão grande que você começa a procurá-la, e a acreditar que vai encontrá-la, onde quer que você esteja, mesmo tendo a certeza de que ela nunca estaria naquele local e naquele horário?

Então... é exatamente isso que acontece com Ela.
Independente de onde esteja, Ela sempre começa a procurá-lo.

E foi num shopping, na Barra da Tijuca, às 18h de uma terça-feira pós-Natal, que Ela surtou e começou a achar que iria vê-lo. Chamo de surto não para ser rude, mas porque foi verdadeiramente um surto! Ela olhava para todos aqueles rostos vindo e tinha a certeza - mais do que isso - a convicção de que um deles seria o dele, com o sorriso estampado e os olhos simpáticos de (quase) sempre. Ela esqueceu de lembrar que, naquele horário, Ele não só estaria a quase 50km de distância como estaria dentro de um escritório, trabalhando. Para que lembrar disso? Sua mente se recusava a ser racional e seu coração disparava a cada novo rosto frustrante que não era dele.

Uma tristeza sem tamanho começou a tomar conta de cada pequeno pedaço do seu corpo, quando Ela por fim se deu conta do surto em que entrou. “Porque Ele estaria aqui? Porque Ele sorriria para mim, se estivesse aqui? Porque eu sou tão burra e não consigo esquecê-lo nem no meio desse shopping lotado? [falando nisso, alguém tenha a bondade de avisar a esse povo que o Natal já passou? Porque eles ainda estão lotando os shoppings?] Porque Ele não pode, simplesmente, estar aqui de verdade?”. Seus pensamentos são incontroláveis, mas aprenderam a ser assim com suas primas de 1º grau, as lágrimas. Essas, péssimos exemplos que são, nunca se importam se estão na frente de desconhecidos, no ônibus, na rua ou num shopping abarrotado. Elas simplesmente caem, abusadas e desobedientes.

“O que eu vim fazer nessa droga de shopping?” Aí, lembra: Veio encontrar a mãe que a está esperando na Saída B, que Ela não faz idéia de onde fica e se irrita a cada passo. Por fim, a encontra e desaba. “Vamos embora daqui, por favor!”. E vão, para longe do shopping, longe das pessoas, longe do barulho e dos rostos vindo. Mas Ele ainda está lá. Sempre. Independente de onde Ela esteja.
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Voando e "O abraço"

"O tempo passou voando e, olha só, já é Natal."

O tempo passou mesmo voando! Pensar no final de 2009, me faz perceber como realmente passou rápido. O engraçado é que eu tive a impressão de que esse ano jamais chegaria ao fim. Nossa que ano difícil! Avaliar 2010 vai ser tarefa dura demais. Posso dizer com todas as letras que N-Ã-O foi um ano bom. Mas, felizmente, apesar do balanço ser negativo, sempre pude contar com a presença daqueles amigos-anjos [sabe aqueles que da pra contar nos dedos de uma das mãos? O suficiente!].

"Que vá embora de uma vez por todas esse ano!" Este é o pensamento que estará comigo nesta semana que ainda falta! Estou literalmente contando os dias para o fim desta etapa e para o começo de uma nova. Temos esse costume de dividir a vida em anos, sempre achando que o ano que se inicia vai trazer uma nova fase. Mas, dessa vez pelo menos, isso é mais do que uma expectativa. Já vou começar janeiro numa outra estrada. Espero que me leve a caminhos produtivos. Sabe o clichê "Ano novo, Vida nova"?.. vou adotá-lo como minha única Resolução de Ano Novo e seguir.


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O Abraço





A cada andar que o elevador ia passando, seu coração saltava como uma criança no pula-pula. Medo, alegria, nervosismo, ansiedade, tudo ao mesmo tempo e se misturando dentro dele. "Elevadorzinho malvado esse que cisma em parar em todos os andares!" 20º..19º..18º.. desce até o 15º só para Ela achar que dessa vez vai direto e para. Uma moça feliz e animada para o Natal pede um minutinho da descida dos coleguinhas, para abraçar a ascensorista e desejar tuuuudo de melhor em 2011. Enquanto isso, todos esperam! "Ninguém esta mesmo com pressa para chegar lá em baixo." Devem ter passado apenas 40 segundos, mas Ela olha para o relógio vezes suficientes para todo um ano. 11º...9º...5º... mais gente entrando e Ela louca para sair! Cogitou descer o resto do caminho de escada, mas eram tantas pessoas à frente da saída do elevador, que julgou menos trabalho ter mais paciência. "É uma prova! Isso.. um teste de paciência! Vou esperar!", pensou. 2º... G2...G1... Térreo! "Acredita que chegamos ao térreo?" - Sim, sua mente tem a estranha mania de lhe perguntar coisas. Acha que tem liberdade de pensamento. O pior é que Ela a responde de vez em quando.


Ainda não tinha nem passado o crachá para liberar a roleta, mas já tinha o visto lá fora através do vidro. A mochila preta, a calça e a blusa social, o cabelo, os olhos e, finalmente ela pode ver, o sorriso. Seu coração, que antes era uma criança levada no pula-pula, agora era um velhinho com ataques epiléticos dentro dela. "Não chore, não desmaie, deseje 'Feliz Natal' às pessoas, sua mal educada!" - É bom ter uma mente que dá leves esporros!


O abraço. Ela poderia estar até agora encaixada nele se os espasmos dentro dos olhos não a tivessem lembrado de que ia desabar a qualquer minuto. O abraço que sempre será dela, mesmo que conforte outras pessoas dentro dele, mesmo que fique vazio por algum tempo. Quando está dentro dele, ela pode sentir que ele está perfeitamente igual e seu. O abraço traz com ele o cheiro, a voz perto do ouvido, a barba encostando no rosto, as mãos tocando as costas. Sim.. Ela, sem dúvidas, poderia estar dentro dele até agora.


"Por que você está chorando?" Aqueles olhos lindos a paralisam perguntando aquilo que já sabem. "Eu te amo!", Ela pensa, sente e dói. "Não tô não!", Ela responde e sorri.
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Uma dupla muito conhecida

Estou lendo "Comer, rezar, amar" de Elizabeth Gilbert, que ganhei no amigo oculto da Acos. Ouvi opiniões bem diversas sobre ele, mas a maioria dizia que ele era meio cansativo e enjoadinho, e que, ainda assim, merecia não ser abandonado, porque no final a coisa melhora e a história engrena.

Como eu quero muito ver o filme, com a maravilhosa Julia Roberts, e não gostaria de fazer isso antes de ter lido o livro - simplesmente porque essa é a ordem de minha preferência - estava mesmo querendo ler e fiquei feliz de ganhá-lo no amigo oculto. Comecei a ler no mesmo dia e não estou achando cansativo e, tampouco, enjoadinho, o que me dá uma enorme expectativa sobre o final dele, já que o esperado é que no final fique ainda melhor!

Porém, não vim aqui dar a minha impressão sobre o livro - até porque ainda estou na página 68 de 342 -, vim porque no capítulo 16 me deparei com uma dupla que conheci bem durante este ano e porque, como acontece de vez em quando comigo [vide o Coleção de Ideias], achei na Elizabeth Gilbert mais uma autora que escreve e descreve coisas como eu mesma poderia estar fazendo. Então, vim deixar, nas palavras dela, o que eu, obviamente, não traduziria melhor sobre situações minhas.

"(...) Mas quando paro e me apoio em uma balaustrada para admirar o pôr do sol, acabo pensando um pouco demais, e meus pensamentos se tornam sombrios, e é então que as duas me encontram.
Aproximam-se de mim, silenciosas e ameaçadoras como detetives particulares, e me cercam - a Depressão pela esquerda, a Solidão pela direita. Sequer precisam me mostrar seus distintivos. Eu as conheço muito bem. Há anos que temos brincado de gato e rato. Embora eu reconheça que estou surpresa por encontrá-las neste elegante jardim italiano ao entardecer. Elas não combinam com este lugar.
Pergunto a elas:
"Como vocês me encontraram aqui? Quem disse a vocês que eu tinha vindo para Roma?"
A Depressão, sempre bancando a esperta, diz:
"Como assim, você não está feliz em nos ver?"
"Vá embora", digo a ela.
A Solidão, a mais sensível das duas, diz:
"Desculpe, mas eu talvez precise seguir a senhora durante toda a sua viagem. É a minha missão."
"Eu preferia que você não fizesse isso", digo-lhe, e ela dá de ombros, quase pedindo desculpas, mas se aproximando ainda mais.
Então elas me revistam. Esvaziam meus bolsos de qualquer alegria que eu estivesse carregando aqui. A Depressão chega a confiscar minha identidade; mas ela sempre faz isso. Então a Solidão começa a me interrogar, coisa que detesto, porque sempre dura horas. Ela é educada, mas implacável, e sempre acaba me encurralando. Pergunta se eu acho que tenho algum motivo para estar feliz. Pergunta porque estou sozinha esta noite, outra vez. (...)
Volto a pé para casa, esperando conseguir me livrar delas, mas elas continuam a me seguir, essas duas capangas. A Depressão me segura firme pelo ombro e a Solidão me bombardeia com seu interrogatório. Sequer tenho forças para jantar; não quero que elas fiquem me espionando. Também não quero que subam as escadas até o meu apartamento, mas conheço a Depressão, e sei que ela carrega um cassetete, então não há como impedí-la de entrar, se ela decidir que quer fazer isso.
"Não é justo vocês virem aqui", digo à Depressão. "Já paguei vocês. Já cumpri a minha pena lá em Nova York."
Mas ela simplesmente me dá aquele sorriso sombrio, acomoda-se em minha cadeira preferida e acende um charuto, enchendo o aposento com sua fumaça desagradável. A Solidão olha aquela cena e dá um suspiro, em seguida deita-se na minha cama e se cobre com as cobertas, inteiramente vestida, de sapato e tudo. Estou sentindo que vai me obrigar a dormir com ela de novo esta noite."



-------> "Gilbert, Elizabeth. Comer, rezar, amar. Elizabeth Gilbert ; tradução Fernanda Abreu. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2008".
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Solidão é...

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto... SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."
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Sem ir além, compreende?

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber.
Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende?
Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana.
Mas o que tinha, era seu."


{Caio Fernando Abreu}
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Já não sou mais o mesmo...

"Já não sou o mesmo, como você também não é. Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções."

{Caio Fernando Abreu}



photo by: fox_kiyo
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No dia-a-dia, pelo amor de Deus, SEJA IDIOTA!

A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz!

A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?

Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!

Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.
Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice.

Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor ideia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar.

Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas… a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.

Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir… Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
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Let me take you down...


"Quando fazemos uma escolha, qualquer escolha, estamos dizendo sim para um lado e dizendo não para o outro. Então, algum sofrimento sempre vai haver."
~ Martha Medeiros ~

Todo mundo, um dia, já magoou [ou vai magoar] alguém! E a sensação é péssima, acredite! Não estou falando de situações propositais, óbvio, já que estas eu considero como um desvio de caráter e neste assunto não vou entrar - não hoje. Refiro-me a constrangimentos sobre os quais você não tem total controle, momentos em que, para que algo seja resolvido por você, de uma forma ou de outra alguém será prejudicado. Se isso nunca aconteceu com vc, prepare-se! Cedo ou tarde, você estará diante dessa situação. Simplesmente porque é inevitável!

As pessoas crescem em ambientes distintos, são criadas sob costumes próprios e vivem cercadas de escolhas diversas, onde cada um faz a sua - frustrando as expectativas do outro. E essas escolhas não chegam sozinhas.. claro que não! Elas trazem dúvidas, medos, angústias, e o mais difícil de enfrentar: as consequências!

As consequências podem ser boas, e aí você vai se sentir aliviado de ter feito a escolha certa! Porém, quando as consequências chegam prontas para dilacerar seu coração e destruir seu sono, aí o buraco é mais em baixo.. e não vou te enganar não: é bem em baixo meeeesmo! Tão fundo que você tem a impressão de que não vai sair nunca de lá [e às vezes até prefere não sair mesmo, para não ter que encarar a pessoa que você magoou].

As frases feitas são as maiores companheiras desses momentos. Você certamente vai ouvir "Você fez sua escolha, agora encare isso!" ou "O tempo vai curar essas feridas e logo você estará rindo disso!". Nenhuma delas é mentira, mas elas não te ajudam em nada quando você tá morando dentro de um vulcão prestes a entrar em erupção. Então, não adianta esperar que alguém vá conseguir te proporcionar algum tipo de alívio. Seu coração só deixará de pesar como um elefante quando você resolver enfrentar - mesmo - o que você causou!

Entrar em contato, pedir desculpas, dizer como está se sentindo a respeito do que houve, mostrar que, mesmo não pretendendo machucar alguém tão querido, aquela opção precisava ser feita, são meios de dar um primeiro passo em busca do alívio esperado e merecido. Mas, por experiência própria afirmo: nem sempre adianta! Porque há momentos em que você se vê obrigado a optar por caminhos que não eram exatamente os que você escolheria se estivesse em outras circunstâncias. Há momentos em que você se encontra diante de uma bifurcação: dois caminhos distintos e você só pode escolher um. Parte de você quer ir para a esquerda e outra, para a direita. Neste impasse não há meio termo. Seguindo pela esquerda, seu coração terá sempre o vácuo que deixou a ausência do caminho à direita e vice-versa. Você percebe, então, que nenhum dos caminhos, por si só, será capaz de trazer a você a realização e a felicidade que os dois juntos trariam. E que independente de qual seja sua escolha - e quais sejam as pessoas que você estará deixando no lado que não foi escolhido - você é quem sairá perdendo.

Há escolhas na vida que te marcarão para sempre! Há cicatrizes no coração que jamais deixarão de latejar! Ouvir uma música, lembrar de um assunto, ver um objeto, qualquer coisa que te traga à memória essa angustiante experiência, estará fincando mais uma farpinha no coração já dolorido.

E a você, só resta aceitar e conviver com isso. Porque tudo o que fazemos é resultado das escolhas e decisões que tomamos. E esse livre arbítrio, essa oportunidade de escolha, ao mesmo tempo que é um privilégio, é também uma imensa responsabilidade: a de assumir o caminho escolhido, enfrentar as consequências e não olhar para trás.
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Um dia para repensar...

Jogada de marketing do comércio? É, pode até ser sim! Mas é mais, muito mais do que isso!
Tem um monte de gente que diz que o Dia das Mães é todos os dias, e é mesmo, sem dúvida! Justamente por isso, é importante que haja o segundo domingo de maio!

Durante o ano todo, a relação mãe-e-filho - como todas as outras - cai na rotina. Independente da idade do filho, a mãe esta sempre às voltas, se preocupando. Quer saber se já chegou, se já melhorou, se já se alimentou, se estudou, se dormiu bem, se está feliz, se está passando por algum problema... É, minha gente, não é fácil a vida desse ser denominado Mãe! E isso não torna fácil, também, a vida do pequeno serzinho, conhecido como Filho. Quem é que nunca achou a mãe muito chata? Quem é que nunca achou desnecessária toda aquela preocupação? Quem é que nunca ficou de saco cheio com tantas recomendações e questionamentos? Pois é.. que atire a primeira pedra aquele que nunca teve um aborrecimento com a mãe. Por consequência, que atire a segunda pedra aquele que, mesmo tendo estes probleminhas do dia-a-dia, não considera sua mãe a MELHOR MÃE DO MUNDO!

É complicado.. eu sei que é! Vivo numa casa onde exerço a função de filha e de mãe, simultaneamente, todos os dias! Mas é inegável que mesmo que elas sejam exageradas, bravas, melosas demais, choronas, estressadas, ocupadas, mandonas, ou seja lá o que forem, todas elas são a base, a força, o nosso centro, o nosso porto, a nossa raíz.

Na minha opinião, o Dia das Mães serve como um ponto de equilíbrio! No dia das mães, nós filhos temos a oportunidade de repensar nossos sentimentos e demonstrá-los com muita sinceridade, e nós, mães, podemos ver que não é só de ordens e desobediências que sobrevive esta relação. É a hora de observarmos o quanto somos importantes, mães e filhos, uns para os outros.

E, fale a verdade, não há nada mais gostoso do que abraço de mãe e beijinho de filho!!
O Dia das Mães é o dia de ver a mulher que você mais ama nessa vida bem feliz! Com presentes ou não. Isso ficará a seu critério porque, certamente, para a sua mãe, o que mais vai importar é o carinho das suas atitudes. Um presente dado de má vontade, não vai valer tanto quanto um guardanapo escrito Eu Te Amo!!!
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A Dinda do Rafa

Sim!!! Sou eu!!! \o/

Não dá para explicar o que estou sentindo! Acabei de receber a ligação da minha irmã, finalmente, contando que meu afilhado vai ser um menino!!!
Agora sim, ele começa a ter uma identidade formada. Deixou de ser "o neném". Ele agora é o Rafael! Meu segundo príncipe!

Estou aqui toda boba! Pensando em como vai ser a carinha dele, em como vai ser o cabelinho dele, na decoração do quarto, nas roupinhas, nos presentinhos, nos sorrisos... em tudo!

Já o amo tanto tanto tanto!!! Estou louca para ver a nova ultra, essa que ela acabou de fazer agora, para ver como ele já esta maior. Essas fotos são da última ultra que ela fez e ele já aparece chupando o dedinho e com essas pernocas lindas!!!

Não há como explicar esse sentimento. Não há palavra que traduza essa emoção. Ser tia é maravilhoso.. mas eu confesso: ser Dinda é melhor ainda!!! É acompanhar cada centímetro da barriguinha que tá crescendo, se preocupar com cada enjoo, com cada sintoma, com cada repouso que precisa ser feito. É esperar ansiosamente até a próxima ultra para poder descobrir mais um pedacinho desse presente de Deus. É já amá-lo mais do que o tamanho do universo inteiro mil vezes! A Dinda tá te esperando.. e ama muito você!!!
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In Wonderland...

Gente.. acabei de voltar do cinema e parece que eu ainda estou lá!
Quase 2h da manhã, estou cansada e com sono, mas preciso escrever enquanto ainda estou com a magia deste clássico borbulhando em mim.
Eu sempre fui apaixonada por Alice no País das Maravilhas. Amei o livro, vi o desenho algumas dezenas de vezes e, quando soube que Tim Burton teve a feliz idéia de lançá-lo, pirei! Tava muito, muito ansiosa para assistir. Estreou ontem e eu não pude ir, mas hoje eu estava lá! Com o filhote de um lado, o namorado do outro e os olhos bem arregalados, como os do Chapeleiro Maluco.

E falando nele... todas as honras do filme, na minha humilde opinião, vão para Johnny Depp! Tá.. eu sei que ele é sempre incrível.. tá, eu também sei que não é surpresa dizer que ele estava um máximo. Mas é inevitável! Ele estava um MÁ-XI-MO! Que expressões são aquelas? Quanto sentimento. Você quase sente o que o Chapeleiro Maluco sente, vc quase enlouquece junto com ele.
Ele é o tipo de ator que consegue ser fantástico desde Edward Mãos-de-Tesoura, passando por Finding Neverland - Em Busca da Terra do Nunca, que eu amei! -, todos os Piratas do Caribe -apesar de eu não gostar muito da série. O filme pode ser um porre, como no caso de A Fantástica Fábrica de Chocolate - que eu não gosto nenhum pouco - mas ele é sempre O Melhor!!!

Não dava para ser diferente dessa vez! Tá certo, também, que os filmes do Tim Burton são sempre muito esperados e já nascem com a responsabilidade de grandes expectativas. Sem contar a maquiagem dele que estava muito boa também. Mas ele completa qualquer espaço, ele preenche os sentidos. Tão entregue, tão realmente o Chapeleiro que você nem lembra que ele é o Johnny-lindo-Depp durante o filme! Os olhares, os sorrisos, até o movimento das sobrancelhas. Ai ai.. sem palavras!!!

Feliz demais de ter ido assistir! Me deu até vontade de reler o livro, de rever o desenho e, sem dúvidas, assim que o dvd estiver à venda, um exemplar será meu!

Ahh.. Gostou da imagem? Fui eu que montei no criador de imagens do site do filme [clica]! Ficou bonitinha, vai??
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Mãos

Um simples toque de suas mãos. Este pequeno gesto já me causou, durante todo esse tempo, tantas sensações e emoções diferentes. Mas, hoje, quando o senti durante o filme a que assistíamos, voltei no tempo. Voei para uma época em que tudo o que eu tinha era esse toque das suas mãos nas minhas. Pessoas em volta, sala de aula, quadro, aula de história, professor. Nada! Não havia nada mais à minha volta quando suas mãos ficavam encostadas no cantinho da parede, por trás da mesa da sala de aula, para encontrar as minhas. E aquele momento era tão forte, tão intenso, tão esperado e tão íntimo que não parecia que eram apenas as mãos que se tocavam. Com um simples toque de uma mão na outra, eu conheci sensações que talvez ninguém conheça nunca, ainda que tenha a mais movimentada e excitante vida amorosa. Acho que eu viveria mil anos sem esquecer daquelas sensações.
Hoje, meu coração fica pequeno de tão apertado ao lembrar delas. A felicidade daqueles instantes transforma-se em dor. Dor do tempo que passou, dor da perda do que fomos, dor por não serem mais minhas as suas mãos.
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O que ainda existe...

... É tão difícil olhar o mundo e ver o que ainda existe...
As fotos estão aqui. As músicas também. Minhas roupas. Meus ursos. As cartas. Os cheiros. Os cômodos. A cama. O edredom. Os filmes. A caixa de papelão cheia de relíquias. Copos de vidro esperando o momento de finalmente serem usados. Adesivos que até já perderam a cola. O chão da cozinha. A varanda. A escada. Os lugares. As pessoas. Os casais... ahh os casais! Eles estão sempre por aqui. Os assuntos. O mar. A areia. O céu. As pracinhas. Os macacos. As lembranças. A dor. As lágrimas ainda estão aqui. O amor. E eu.
Tudo por aqui, como sempre foi. Como se nada tivesse acontecido. Como se a vida ainda pudesse ter cor. Como se ainda pudesse haver alegria. Como se a essência das coisas não houvesse evaporado. Como se fosse simples acordar e não encontrar mais sentido em nada.
... nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu.. tá tudo assim, tão diferente...
Foto: Girl and her reflection in window - Adam Gault - GettyImages
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A Mochila


Hoje, no ônibus, um estranho me lembrou você!
Era a mesma mochila. Aquela que te dei. Será que você ainda lembra!?
Foi uma época tão plena, tão cheia de sentimentos, bagagem para por na mochila.
Hoje, vazio. Murcha e sem graça, como a mochila do moço, está a nossa.
Será que ela ainda existe? Rasgou, arrebentou, deu traça como nosso amor?
Mais do que a mochila preta, ele tinha algo de idêntico a você. O ponto dele chegou. Ele puxou a cordinha e desceu do ônibus. E eu fiquei sentada. Ainda sem sentido, estática pela segunda vez. Vazia... como a mochila do moço. Como a nossa mochila.
Foi simples, como com você. Ele, cruelmente, desceu. Degrau por degrau. E foi embora. E a mochila foi balançando em suas costas, como se me desse adeus.
Provavelmente, não o verei nunca mais. E, mesmo que o veja, serei, para ele, o que hoje já sou, para você, para mim mesma, uma estranha.
Maldita Mochila.
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Hora de apagar a luz!

Dia 27 de março está chegando e, mais uma vez, o projeto "Hora do Planeta", liderado pelo WWF, mostra que com um simples gesto - abdicar da luz elétrica por 60 minutos - podemos mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global, as mudanças climáticas e a degradação ambiental.

O movimento, que começou em Sidney, na Austrália, no ano de 2007, contou com a participação de mais de 4mil cidades, em 88 países, em 2009 e as expectativas são grandes pra esse ano também!

Não basta reclamar e sentir medo das consequências já tão anunciadas, precisamos agir! Há diversas formas de ajudar o meio ambiente: economizando, reciclando, reduzindo o consumo. E para participar do Hora do Planeta, basta se cadastrar no site [clica], divulgar o movimento para o maior número de pessoas possíveis [em casa, na faculdade. no estágio, no condomínio, na padaria, na pracinha, no orkut, no twitter, no facebook... onde vc estiver!] e, obviamente, apagar as luzes de sua casa, de 20h30 às 21h30, do sábado, 27 de março.

Muitas pessoas já aderiram ao movimento, inclusive empresas como o Banco do Brasil, a Unimed, a Tim, entre muitos outros. As adesões estão partindo de ongs, institutos, empresas, colégios, bandas, universidades. Sério gente, da gosto de ver!

Se esse é o mínimo que podemos fazer, vamos fazer! E não vamos parar por aí... vamos caminhar na direção do máximo também. Temos força e competência para não acomodar com o mínimo. O planeta precisa da nossa ajuda assim como precisamos dele para sobreviver.

Ao redor do mundo, serão 2.383 cidades em 117 países participando da Hora do Planeta 2010. As luzes dos monumentos mais conhecidos e das maiores construções - como a Torre Eiffel, símbolo da luz - vão ser apagados. No total, serão 812 ícones sem luz. Aqui no Brasil, até agora, há confirmação de 145 monumentos e locais públicos, em 15 capitais confirmadas.

Hoje, no estágio, eu recebi releases de alguns restaurantes que participarão, recebendo seus clientes à luz de velas, durante este horário, e alguns - como o Tizziano, na Barra - ainda utilizarão suas TVs de plasma para a exposição de vídeos conscientizadores da WWF Brasil. Os garçons utilizarão neons para serem facilmente encontrados e reconhecidos.

Deixo aqui o vídeo da campanha:

SUPERPODERES



Participe.. divulgue.. cuide do planeta!
Ninguém merece mais do que ele... mas, caso você ainda não o ame o suficiente, pense em quem você ama: nos seus pais, nos seus filhos que vc já tem ou pensa em ter, no seu cachorro, no amor da sua vida. Pense na carreira promissora que você tem pela frente, na casa linda que você quer comprar para construir sua família. Pense na festa de casamento que você ta planejando. Pense nos aniversários que você ainda quer fazer. Pense em você.

Sem um planeta saudável, nada disso vai ser viável. Comece a agir!


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O falecimento de um Guerreiro


Seu nome era Hélcio Alves de Mello. Um verdadeiro guerreiro. Casou-se e, em meio à pouquissímas condições financeiras, manteve sua família. Era uma luta diária, trabalhando muito para garantir o sustento das 5 mulheres de sua vida: as 4 filhas e a esposa que, para ajudar na renda familiar, vendia Avon.

Depois de anos de trabalho suado, com as filhas já crescidas e formando suas próprias vidas, chega a hora do devido descanso: a aposentadoria. Netos correndo pela casa, almoço com a casa cheia aos domingos. Radinho de pilha para acompanhar o jogo do Flamengo na televisão sem som. E muitas, muitas revistas de palavra cruzada. Só que, junto com tudo isso, veio também a idade com os problemas que ela acarreta. Diz o ditado que "a gente colhe o que plantou" e, nesse caso, este guerreiro colheu problemas sérios de saúde causados pelo acúmulo de anos de muita bebida e cigarro. O coração enfraquecido, o problema sério de coluna, o pulmão pedindo folga... era a luta recomeçando, dessa vez contra os efeitos do tempo e de suas próprias atitudes.

É quando um homem, um guerreiro, se vê completamente dependente das mulheres - daquelas que até pouco tempo era ele quem cuidava e defendia - a força diminui, o desânimo toma conta. Ver a rua? Só nas saídas pra ir ao médico. Beber sua tão amada cervejinha? Só se for da sem álcool. Cheiro de cigarro? Nem o dos outros. O guerreiro, sem muitas opções, se vê encurralado em um quarto, entre um sofá e uma TV. Mas não perde a luta jamais e, quando indagado sobre sua vida, se está tudo bem, a resposta é sempre a mesma: "Tá tudo azul!"

Chega o momento da grande decisão e, após 21 dias de batalha numa cama de hospital, lutando para sair dali, seu velho corpo - que já havia se aposentado sem pedir - sucumbe e deixa o nosso guerreiro ir embora.

Esse guerreiro é o meu avô. A origem do Mello que carrego com tanto orgulho.
Você não perdeu esta luta, vô! Sua vitória segue viva com a gente.. somos uma família e muito disso é devido a você. Você ensinou à minha mãe os valores do ser humano belíssimo que ela é - os quais ela me passa diariamente - você foi exemplo de força de vontade e de amor pela família, quando em seu momento de dor, preocupou-se mais conosco do que consigo mesmo.
Sigo pedindo a Deus que você esteja em paz e na companhia Dele.
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Mudanças ou percepções?

As coisas estão mudando ou sou eu que tô começando a perceber a verdade nelas?
Sinceramente? Voto na segunda opção!
Parece que, agora, tudo está acontecendo devidamente como deveria estar desde sempre. Esta tem sido uma semana difícil, mas.. até que passou rápido.. hoje já é quinta, nem reparei! rs

Tá caindo uma chuva de realidade na minha cabeça.. e, cara, meu guarda-chuva quebrou!

Eu tô morrendo de saudades das minhas amigas, do nosso contato diário, da nossa praça de alimentação, das nossas aulas e das nossas faltas, das nossas conversas. Não há um dia em que eu não pense nisso. Não há um dia em que eu não sinta falta de vcs.
Tenho sentido uma falta gigantesca do Lucas também. Nunca tinha passado tanto tempo longe dele. Um tempo diário e obrigatório. Me pego pensando muito nele durante o dia. Tentando me convencer de que este afastamento é necessário e natural.

No começo tudo é um evento, tudo é o pique... mas depois vc começa a notar coisas, perceber situações e pessoas. Quando vc para e olha pra tudo, vc nota que virou sua vida de cabeça pra baixo, em uma manhã!

Claro que estar de cabeça pra baixo não é sempre uma coisa ruim. Mas é uma outra perspectiva. Estou feliz com meu estágio, de um jeito ou de outro, estou aprendendo muitas coisas, não tanto técnicas, mas muito para meu crescimento pessoal. Só que não adianta negar... há sempre o outro lado da balança. E eu tenho me sentido muito sozinha. Tenho passado por algumas situações em que eu me sinto infinitamente só. É nesses momentos em que eu paro tudo e agradeço a Deus por tudo que tenho, pela família, pela casa, pelo amor, pelas minhas amigas. Sei que não sou uma pessoa sozinha, sei que tenho muitas pessoas ao meu lado, pra me dar a mão e me apoiar. Mas, em alguns momentos, eu me sinto assim. É o racional e o emocional sempre em guerra. E isso cansa muito. Persuadir a mim mesma.. tentar, o tempo todo, convencer a mim mesma de que meu racional está certo, quando meu coração não tá nem aí para o que meu cérebro pensa, cansa muito!

Enfim... muitos abalos essa semana - e meu vô ainda está no hospital... já completam 8 dias. - Ainda bem que amanhã é sexta. Tô precisando que esta semana acabe!
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De volta...

Pois é.. em pouquinho tempo eu já sumi!
Mas aqui estou eu! Muitas coisas tem acontecido e eu tô meio perdida no meio de tudo!
Coisas boas e coisas muito, muito ruins - meu vô está internado desde a quarta-feira de cinzas, 17 de fevereiro, completando 5 dias hoje!

Bem.. a maior parte das coisas boas é em relação ao estágio. O layout novo já está no ar e duas matérias minhas entraram, a da cerveja e a da obesidade infantil.
Aí estão os links:

A entrevista com o Chef do Levin ainda não foi ao ar. Assim que for, venho colocar o link aqui tbm!
Por hoje é só.. não tô nada legal hoje!
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As pequenas coisas de cada dia...

Hoje não vim falar do estágio. Mas, como não resisto, vou apenas contar que o dia foi tão agitado hoje que eu nem notei que as horas passaram e ainda saí um pouquinho depois do meu horário. Foi muito bom ter um dia cheio de coisas para fazer! A cada dia eu gosto mais de estar ali! As pessoas são muito legais, mesmo as que eu nem conheço pessoalmente... por e-mail mesmo, elas conseguem colocar um sorriso no meu rosto!

Bem.. por que eu vim hoje se não foi para falar do estágio?
O motivo é justamente este: o sorriso no meu rosto!

Eu estou, definitivamente, muito feliz desde que entrei no estágio, não só por ele, mas também por notícias muito boas que tenho recebido daqui e dali. Mas, mesmo estando feliz, é inevitável se estressar com algo uma hora ou outra. E hoje foi um dia que começou estressante. Me atrasei toda, tava um calor monstro, o ônibus saiu do ponto no mesmo momento em que pisei no local. Muito irritada, fiquei séculos derretendo ainda mais e esperando outro que, quando chegou, só tinha um lugar para sentar e era no sol. Sentei ali mesmo, né? Fazer o quê? Um trânsito mega lento, um relógio mega apressado e o Sol mostrando a que veio no meu rosto. Não dá pra negar, eu tava irritada! E não era pouco!

Em um dado momento, no outro ônibus, que passava ao lado do meu e parecia de uma excursão de colégio, estavam dois meninos [um bem mais velho do que o outro] brincando. Achei graça da brincadeira deles e fiquei olhando. Quando o mais velho me reparou, começou a fazer caretas para mim. E o pequeno macaquinho de imitações imitou, lógico! Eu fiquei sorrindo pra eles e acho que isso os motivou porque eles não paravam. Aí nossos ônibus se afastaram um pouco e, quando nos aproximamos de novo, eles já vieram para a janela fazer as caretas. Só que, para a surpresa dos dois, eu fiz uma também! Mandei uma língua bem mandada para eles [para o pequeno principalmente.. rs] e desatei a rir horrores. Eles se espantaram por um certo tempo [alguns segundos rsrs].. acho que não esperavam uma mulher louca que correspondesse às suas caretas no ônibus ao lado. Passado o espanto, as caretas voltaram e eu fiquei rindo para eles... sem mais nenhuma menção à raiva que há minutos estava dentro de mim.

Cheguei ao estágio com outra disposição... tudo por causa das caretas e sorrisos de crianças desconhecidas! E é sobre isso que eu quero falar, é isso que eu quero frisar: como nos permitimos a falta de percepção para coisas tão ricas!?

O meu normal seria virar para o outro lado e nem observá-los. E eu teria continuado irritada, chegaria no estágio desmotivada, sem alegria, negando sorrisos pelo caminho. E foi o oposto porque consegui observar a leveza de uma careta ingênua, porque consegui absorver o espírito infantil que nos enche de felicidade e só uma criança tem. Eles não estavam nem um pouquinho preocupados com o trânsito ou com o calor e, menos ainda, com o relógio. Eles queriam brincar e sorrir, apenas! E conseguiram mais do que isso: me deram uma lição. Porque reclamar do calor, do ônibus e do horário, se eu posso fazer uma boa careta pra isso tudo e agradecer a Deus por eu estar sentada, dentro de um ônibus pelo qual pude pagar, indo para um estágio que até pouco tempo era o que eu mais queria, e ser feliz?

Obrigada! A Deus e às crianças do ônibus! Eram anjinhos sem asas, certamente, que me ensinaram a mudar meu comportamento!

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A primeira entrevista a gente nunca esquece!

Pois é.. foi! E foi bem legal!
Foi no Bistrô Le Vin com o Chef Neto! Ele foi muito simpático comigo.
Era super tímido e, como eu tbm estava um pouco, ajudou bastante! rs
Meu chefe foi comigo e ficou ao meu lado o tempo todo.. me ajudou lá, descontraindo o ambiente!

Ela vai entrar no ar uns 15 dias depois do lançamento do novo layout [no lançamento vai ser outra que já está pronta esperando para isso - e que não foi minha.. eu apenas dei uma editada] e é claro que eu vou colocar o link aqui! rs

Agora... preciso contar o que aconteceu! rs
Em todas as entrevistas com os Chefs, nós pedimos uma receita da casa que o Chef possa ceder, com o modo de fazer e uma foto. Quando acabamos nossa entrevista, o Chef Neto foi preparar o prato da receita que ele me ensinou. O prato da vez foi, na verdade, uma entrada. Era a Fricassée de Champignons à la Crème Foie Gras. Tudo muito legal... o prato chegou.. a foto foi tirada e, em seguida, eu ouço a frase do gerente do bistrô para o garçon: "Monta a mesa que eles vão degustar!". Aí meu mundo caiu!
Como assim degustar um prato de mix de cogumelos? Eu sou aquela pessoa que, há 23 anos, separa os champignons no cantinho do prato.. =s
É claro que eu não fiz vergonha.. comi um pouquinho, com o Chef sentado do outro lado da mesa, observando minha reação, o gerente à esquerda e meu chefe à direita [adorando, diga-se de passagem] e tive que dizer: Nossa, muito gostoso! Uma delícia!
Mas gente... para tudo! Eu fiquei enjoada desde aquele momento até à noite! rs

Acho que ontem eu descobri que não sou uma grande fã da culinária francesa! Pelo menos, não de um prato formado por diversos champignons mergulhados num creme de fígado de ganso. ¬¬'
Mas, indico o Bistrô para quem gosta! É um lugar muito charmosinho e aconchegante.. e as pessoas são muito simpáticas!

Bem.. é fato que a primeira entrevista a gente nunca esquece.. Mas, nesse caso, acho que o que eu não vou esquecer é a Fricassée.. rsrsrs

Hoje eu passei o dia só decoupando a entrevista e atualizando as notícias rotativas. Conheci os sócios do site.. Foi ótimo!!!

Ahhhh tenho uma notícia MA-RA-VI-LHO-SA! Mas ainda não fui autorizada a espalhar... rs
Então, só conto que é um momento lindo da minha vida e que eu estou radiante de feliz!
Depois eu venho contar tudinho! rsrs
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É... Ele tinha razão!

Meu namorado sempre me disse que o meu problema é ter medo do 'novo'! Que tudo que é 'desconhecido' me desespera um pouco! E é verdade!

Meu segundo dia, foi muito mais tranquilo! Já não tive tremedeiras e enjoos quando cheguei lá! Continuei com o trabalho interno, muitas pesquisas e contatos. Recebi um telefonema da assessora de uma empresa de comunicação, para a qual me candidatei a um estágio no ano passado, interessada em me mandar uns releases! Achei tão 'interessante' o primeiro telefonema recebido ser justo de lá..rs

A novidade mesmo é que marquei minha primeira entrevista! Vai ser segunda-feira, com um dos Chefs de um Bistrô. E já tenho outra em vista com um Patisserie conhecido internacionalmente e premiado como o segundo melhor Patisserie da América Latina = Empolgação x nervosinhos na barriga. Pois é, lá vem o tal 'desconhecido' de novo para me deixar com medo! rs

Voltando para casa, ontem, eu fiquei pensando em como a vida da gente muda de uma hora para outra! No domingo, antes da minha primeira entrevista, eu fui dormir muito mal, pensando em coisas que me pareciam sem solução, em coisas que deveriam ter sido feitas e não foram, em coisas que eu não queria fazer e estava sendo 'obrigada'. Na segunda à tarde, depois que voltei de lá, eu já me sentia outra pessoa! Mais animada, mais feliz, mais positiva, mais confiante.. sem medo de ter expectativas!

Quero mudanças assim sempre de café da manhã, quero reconhecer o quanto eu tava pequenina e crescer diante de meus próprios olhos! Tem tantas coisas acontecendo por aí sobre as quais a gente nem se dá conta por estar olhando pra dentro de si, apenas. Comece a olhar pra fora! Eu demorei, mas tô conseguindo!
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Nada como o primeiro dia!

Minha noite foi horrível. Não consegui dormir praticamente nada e, nos momentos em que eu cochilava, sonhava com coisas ruins acontecendo no estágio. E hoje, eu estava tão nervosa que cheguei a ficar tonta e a sentir náuseas. Um estado emocional realmente fora do comum esse meu.. rs
Bem.. com toda essa "Tensão-pré-primeiro dia", eu me arrumei e fui, depois de ouvir o "Boa Sorte!" mais lindo do mundo, desejado pelo meu filho!

O dia foi ótimo! Fiquei só no escritório mesmo, fazendo contato com assessorias, aprendendo a usar o administrador do site, fazendo planilhas de contatos, postando notícias que chegaram por release. Foi um dia muito temido, mas passou tranquilo e atarefado e, quando eu percebi, já estava na hora de vir embora!

Peguei um 701 cheio, vim em pé, pingando de suor, mas forçando para não sorrir de orelha a orelha o tempo todo.. porque eu estava sozinha e pareceria uma louca!

E amanhã vai ser aula na faculdade pela manhã, estágio à tarde, curso de inglês à noite e, ainda, comemoração no Outback com a família depois! Feliz! Não há outra palavra... eu estou FELIZ!

Passou o primeiro dia. Quebrei o primeiro bloqueio! Que venham os próximos!
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O dia do SIM!

Estou na faculdade de Jornalismo desde o segundo semestre de 2005. Probleminhas com tempo, aqui e ali, fizeram com que eu precisasse adiar um pouco a data da minha formatura que, agora, tem previsão para o final deste ano.

De lá pra cá, já somam quase 5 anos de estudos, amizades, professores, textos e mais textos e a busca incansável por um estágio. Minto! Ela não foi tão incansável assim... eu já estava muito desanimada! Tantas tentativas e nenhum resultado positivo. Hoje, isso mudou! Hoje, foi o meu 'Dia do SIM'! E meu sim soou muito gostoso na frase: "Você pode começar amanhã às 13h?".

Começo, amanhã, a dar o primeiro passo na longa jornada de um jornalista. Começo, amanhã, a esculpir a profissional que pretendo ser um dia. Hoje? Já começou a felicidade, o êxtase, a ansiedade e o medo! Sim, o medo! Medo de não ser boa o suficiente, medo de não conseguir, medo de travar!

Mas... tenho uma novidade para você, Senhor Medo! Eu gosto de lhe enfrentar! Aguarde-me!

Esse blog foi criado pela minha necessidade de escrever sobre esse momento tão esperado! Pelo turbilhão de sentimentos que estão aqui dentro, confusos que só eles, e que não me deixam dormir! rs Vou contar aqui como estou me saindo nessa nova experiência da minha vida! Pretendo que seja um relato diário, mas... como já cansei dessa promessa, manterei como uma pretensão!

A minha entrevista para esse estágio foi super inesperada. Aconteceu de repente, recebi a ligação com duas horas de antecedência e fui de gesso no pé, ainda por cima! Mas, veja como as coisas são... deu tudo certo! Nas outras, em que eu tive tempo pra me preparar, me produzir, e tentar me acalmar, eu fiquei a ver navios! rs

Ah! O mais importante... O Estágio!
Vou estagiar na revista eletrônica Gastromania com entrevistas com Chefs, donos de restaurantes, nutricionistas, gastroenterologistas... enfim, profissionais do ramo, em geral!

Estou muito ansiosa!

Volto amanhã pra contar sobre o meu primeiro dia!

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Nota:
Duas referências feitas aqui no Blog - "Castelo de Vidro" intitula a obra biográfica da jornalista Jeannette Walls. Na capa do livro, a descrição do mesmo diz: "Memórias de uma família que aprendeu a criar finais felizes." - Tá explicado o motivo, né!?
A outra é a frase da minha descrição no Blog, "A fé que você deposita em você. E só!" - frase da música O Anjo Mais Velho do Teatro Mágico! Auto explicativa também!